Mais do mesmo: "confusão e desrespeito no carnaval do Maranhão"

Passarela do samba: até quando a Prefeitura de São Luís vai
gastar dinheiro com alugueis anuais que nem sempre são pagos.   

Enquanto o governador Flávio Dino contrata artistas de fora como: Lecy Brandão, a cantora de reggae jamaicana Etana e o sambista carioca Péricles, pagando a peso de ouro, inclusive adiantado, para se apresentarerem no Reveillon de 2018. O seu principal parceiro e garoto propaganda, o prefeito de São Luís, Edvaldo Holanda. "O menino dos olhos de ouro do governador", continua a aprontar com os fazedores de cultura local."

Entre os principais problemas apresentados pelos representantes dos grupos carnavalescos maranhense destacamos o não pagamento do aluguel da passarela de 2017, a não entrega dos troféus para os ganhadores do concurso oficial, o não pagamento dos contratos com as empresas de segurança e dos cachês das comissões de obrigatoriedade e de avaliação de jurados. Além da não antecipação do cachê para que os grupos carnavalescos possam aprontar suas brincadeiras para o carnaval de 2018.

Fatos como esses poderão levar a não realização do carnaval de passarela, já que a empresa contratada para instalar a estrutura não havia recebido nem o pagamento do contrato do Carnaval de 2016 e só montou a estrutura esse ano depois, que foi dada garantia do recebimento do Carnaval de 2017, chegando inclusive a abrir mão da dívida da Prefeitura no carnaval de  2016.

Tudo muito nebuloso na cultura ludovicense não tem apoio da inciaitva privada, temos um pseudo apoio dos governos municipais e estadual, que de apoio não tem nada, representando apenas o pagamento, sempre atrasado, do cachês pelas apresentações no carnaval de passarela e no carnaval de rua; e o amadorismo das entidades representativas que em vez de unirem-se em prol de um movimento cultural vão se diluindo em pequenos instâncias, sem representatividade e sem voz, apenas para agradar os egos machucados de alguns "donos de bloco".

Ia esquecendo somente em São Luís do Maranhão Associações tem donos, não prestam contas, não realizam eleições e os grupos culturais vão a cada dia ficando nas mãos de famílias que na maioria das vezes se locupletam das poucas benessses recebidas, inclusive financeiramente.

Pra que mudar o status quo se tá tudo muito bonito assim os grupos vão a cada dia dependendo mais dos governos, os "donos" transformam suas agremiações em "currais eleitorais" e a cultura maranhense vai a cada dia renegada a último plano.

Para o bloco tradicional Os Reis da Liberdade,ganhador do Carnaval de 2017, só restou receber o troféu do co-irmão Kambalacho do ritmo, na última semana, em um Encontro promovido pela Agremiação, em sua sede no Anjo da Guarda. Já que o oficial até hoje não apareceu e só Deus sabe quando os ganhadores do carnaval maranhense irão recebé-lo.

Além dos problemas de infraestrutura que são de responsabilidade da Prefeitura de São Luís e do Governo do Estado, existem problemas também de representatividade, onde disputinhas internas e de egos machucados levaram, no caso dos blocos tradicionais, a divisão em duas representantes a Associação Maranhense de Blocos Carnavalescos (AMBC) e Academia Maranhense de Blocos Tradicionais.

Discordância com o resultado oficial nos tais propalados esquemas de favorecimento; e desavenças na ordem de desfile e com o regulamento, entre outros, vão transformando o carnaval ludovicense, que já foi o terceiro do país, em uma grande bagunça.

Para Brasa Santana, presidente da AMBC o mandatário da Secretaria de Cultura de São Luís (SECULT) não é sério. "Marlon Botão agora quer se meter no regulamento dos blocos querendo apoiar uma Academia de Blocos com os perdedores que querem rasgar tudo que já fizemos. O sorteio dos desfiles é de nossa competência. A AMBC já vem fazendo isso a mais de cinco anos.

E emendou em seu desabafo: "Agora bloco como Os Feras, Os Apaixonados, Príncipe de Roma, Os Vampiros, Os Tremendões e Os Brasinhas foram para Academia e querem se beneficiar fazendo a SECULT se meter no que não é de sua competência. Vou levar a SECULT para o Ministério Público já chega de palhaçada e esses grupos aí já tinha o que dar. Com todas as dificuldades o nosso bloco é comunidade  e  arrasou."

Mais do mesmo todos os anos as mesmas discussões calote, esquemas, brigas e politicagem. Até quando a cultura maranhense vai suportar tudo isso.?

Troféu ofertado pelo bloco Kambalacho do ritmo ao bloco Reis da Libardade
que até hoje não recebeu o troféu oficial de campeão

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